domingo, 1 de janeiro de 2012
domingo, 28 de agosto de 2011
sábado, 15 de janeiro de 2011
Um caixão de defunto boiando no açude
sábado, 13 de fevereiro de 2010
TORCEDOR FANÁTICO
Chico Rolim, deputado federal, ex-prefeito de Cajazeiras-PB por três vezes, fazendo serão em seu gabinete, já às oito e meia da noite, nem notou que o funcionário terceirizado da limpeza estava na área, exercendo sua função.
Nunca fora ligado
Trabalhava freneticamente no projeto de lei que iria propor: o da permissão de portar armas aos caminhoneiros
Por mais que Rolim trabalhasse, por mais que ignorasse a presença do rapaz da limpeza, mais ele fazia barulho para ser notado. Não tinha jeito, o deputado estava absorto no seu projeto. Não havia barulho que chamasse a atenção dele.
O bedel ficou impressionado com a concentração do congressista. Ate parecia que não estava na câmara. Ficou ali, parado, estático, presenciando o trabalho incessante do parlamentar.
E ficaram os dois. Um trabalhando, outro observando.
Passava das dez horas da noite. A câmara estava vazia, não havia viva alma, quando Rolim encerrou sua jornada.
O faxineiro, depois de tanta espera, de tanto estranhar um deputado trabalhar até aquelas horas. Não conseguiu se conter e fez-se notar.
Começou perguntando de qual estado era o deputado. Depois, perguntou qual time ele torcia. Diante da resposta de que ele não tinha time de preferência, não se conteve.
Começou dizendo que só podia ser um político, que não queria desagradar ninguém, mas estava claro: ele era flamenguista. E declarou: “como não seria torcedor do Flamengo uma pessoa que tem, em sua escrivaninha, uma bandeira vermelha e preta e, ainda em cima, nela escrito NÊGO”.
Era a bandeira da Paraíba que Rolim mantinha em seu birô.